Por Flávio Leite
- Hoje encontrei o Fernando.
Ele está tão jururu.
- Fernando?
- Sim, um amigo meu que você ainda vai conhecer.
- Mas, o que houve com ele?
- Ah! Terminou um relacionamento.
- Pois é... romper laços é sempre difícil, mas muitas vezes necessário.
Na mesma posição, sentada no sofá com as pernas estiradas sobre a mesa de centro, Lírio continuava a relatar outro caso de desafeição amorosa. Roberto, outro amigo, também estava recém solteiro, mais precisamente - como ela dizia - recém liberto das grades do ciúme.
Intrigado, o namorado disse:
- Mas que coisa, hein? Esses relacionamentos de hoje são tão estranhos. O homem não respeita mais a mulher, a mulher também muitas vezes nem mesmo se respeita.
E tirando onda ousou cantarolar:
- Eu sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores...
Manifestou-se, naquele momento, um sorriso no rosto da pequena. Enquanto mantia o olhar fixo e sem uma direção específica, Lírio celebrava silenciosamente o início da descoberta de uma idéia fantástica. Haja vista que, como uma boa Cristã, lhe dava prazer oferecer ajuda ao próximo. De repente, Lírio arregalou seus olhos castanhos e como a comemorar um gol do Gama, aos 47 do segundo tempo, em uma final de Campeonato Brasiliense, exclamou:
- Eureka! Vou apresentar o Roberto ao Fernando.
Entre gargalhadas, ele disse:
- Tenho grande respeito pela opção sexual das pessoas. Respeito muito a escolha ou falta de escolha pela homosexualidade. Exatamente por este motivo, não utilizo o termo "homosexualismo".
E entre muitos risos brincou:
- Mas saiba que se Deus condenar os gays ao inferno, você vai junto!
Laços Coloridos
Conto: Flávio Leite
Desenho: Wesley Barbosa
Todos os direitos reservados
He He muito foda...... uaahauhuhhuauhauhhauuha
ResponderExcluirmas cuidado heim Lírio pode acabar se condenando também....
É mesmo essa Lírio hein!!!
ResponderExcluirrs...
Flávio Leite